sábado, 9 de janeiro de 2016

Poupem-me as louvações. Poupem-me as comiserações. Poupem-me os discursos à cobrança cheios de adjetivos que simulam uma vitória nunca antes vista. Poupem-me as preocupações
- Eu avisei-te! Tantas vezes Catarina... Nunca quiseste ver.
Se me submeto ao ato de tornar isto público aos poucos que vão lendo estes pequenos textos vomitados é para que possam analisar por meio de uma perspetiva objetiva a gravidade de uma realidade tão deplorável e recorrente como esta. Sinto uma certa necessidade, necessidade essa provocada por preconceitos sociais e pelo desdém a que fui submetida durante uns incontornáveis três anos.
A princípio não tive os ditos "pés assentes na terra" para que pudesse reverter imediatamente a situação. Felizmente acordei a tempo. E é por aqueles que caem num sono profundo antes de tempo por causa desta doença que escrevo hoje. Não por mim, que todos os dias quis desistir, não pela pessoa que jamais outrora tivera algum tipo de ligação comigo e que curiosamente foi a única a não desistir do farrapo de pessoa que construí.
- Sempre mas enquanto precisares de mim...
As pessoas só são completamente verdadeiras quando são confrontadas com casos que lhes trazem subsistência, uns dinheiritos na conta bancária para os jantares e copos com os amigos e o bastante para sustentar a casa, o carro e o ego.

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