Tinhas acabado de secar as lágrimas, as primeiras que vi brotar dessas maravilhas cor de avelã. Debruço-me sobre o muro da praia para te ver chegar e, despropositadamente, fixas-me o olhar como se estivéssemos confiados ao destino. Calculas o quanto dói o impedimento de um olhar? Um olhar que se demora ele próprio a construir? Que requer uma explicação intraduzível, que te consome, que se apropria de ti? Existe maior verdade do que aquela que alcanças com o olhar?
Juro que te disse tudo o que queria dizer sem dizer nada. Aqui tens... É isto que preciso que saibas, que algures nascem sensações que só se adivinham com o coração.
C.V. 05/10/15
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